Os caminhos que levam uma obra literária a atingir o sucesso com o público, são tão diversificados quanto misteriosos. É notório que o método que funcionou para um certo autor, pode acabar sendo um tremendo fiasco para outros. E infelizmente não tem como prever o resultado desse processo. Nem mesmo o mais experiente editor do mercado literário poderia gabar-se de ter acertado em 100% de suas apostas publicadas. E quando se trata de Brasil, fica ainda mais difícil utilizar números e pesquisas para basear esse tipo de planejamento.
Basta dizer que, enquanto lá fora a auto-aplicação tem conseguido abocanhar uma porcentagem relevante nas vendas de livros, aqui ela continua estagnada, desprestigiada, desorientada e ainda muito longe do conhecimento do grande público.
Bem, se o que te falta é um pouco de incentivo para sair do convencional, dar uma chance para a cultura independente e se permitir conhecer livros que estão fora da lista dos mais vendidos, ou até mesmo escrever o seu, confira abaixo algumas obras que hoje ocupam um lugar de destaque dentro de seus gêneros, mas que um dia foram apenas uma auto-publicação sem apoio, financiada pelo próprio autor.
Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki
Sinopse: O objetivo deste livro é o de partilhar percepções quanto à maneira como uma maior inteligência financeira pode ser empregada para resolver muitos dos problemas comuns da vida.
Sem treinamento financeiro, frequentemente recorremos a fórmulas padronizadas para levar a vida, como trabalhar com afinco, poupar, fazer empréstimos e pagar impostos demais. Segundo o autor, cada indivíduo tem o poder de determinar o destino do dinheiro que chega às mãos.
A escolha é de cada um. A cada dia, a cada nota, decidimos ser rico, pobre ou classe média. Dividir este conhecimento com os filhos é a melhor maneira de prepará-los para o mundo que os aguarda. Ninguém mais o fará.
Eragon, de Christopher Paolini
Sinopse: Eragon é uma história repleta de ação, vilões e locais fantásticos, com dragões e elfos, cavaleiros, luta de espada, inesperadas revelações e uma linda donzela. Inspirado em J.R.R. Tolkien, que criou idiomas para os diálogos de seus personagens, Paolini utiliza o norueguês medieval para a linguagem dos elfos e inventa expressões específicas para os anões e os urgals, de modo a dar veracidade ao lendário reino de Alagaësia, onde a guerra está prestes a começar.
O protagonista é um jovem de 15 anos que, ao encontrar na floresta uma pedra azul polida, se vê da noite para o dia no meio de uma disputa pelo poder do Império na qual ele é a peça principal. A vida de Eragon muda radicalmente ao descobrir que a pedra azul é, na realidade, um ovo de dragão. Quando a pedra se rompe e dela nasce Saphira, Eragon é forçado a se converter em herói.
Folhas de Relva, de Walt Whitman
A primeira edição, publicada em 1855, era muito pequena, incluindo apenas doze poemas sem nomes em 95 páginas. Whitman disse uma vez que sua intenção era que o livro fosse pequeno o suficiente para ser levado no bolso.
Nos últimos anos, vem crescendo, em toda parte, a popularidade do poeta, especialmente após a exibição do filme Sociedade dos Poetas Mortos, em que um carismático professor revoluciona os métodos de ensino em um colégio conservador, declamando trechos de um dos mais famosos poemas de Folhas de Relva: ‘Ó Capitão! Meu Capitão!’.
Daemon, de Daniel Suarez
O autor terminou Daemon no final de 2004 e entregou a dezenas de agentes literários, ele afirma que apenas três realmente leram os escritos. “Um achou que era muito longo para o gênero de suspense, e os outros dois que era muito complexo.”
Com os segredos do gênio enterrados junto com ele e com novas fases do plano sendo reveladas, implantadas e protegidas por seu Daemon, surge uma resistência disposta a decifrar os intrincados planos e livrar o mundo da ameaça do inimigo sem rosto. Se a resistência falhar, todos terão de aprender a viver em uma sociedade na qual o ser humano não está mais no controle.
A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr
Em uma entrevista o autor afirma que usou o dinheiro da rescisão de contrato trabalhista, após sair de um emprego onde não se sentia bem, para investir e auto-publicar sua obra de estreia. O resto da história todo mundo já sabe, com uma ajuda singular dos seus amigos do site JovemNerd na divulgação do livro pela internet, Eduardo alcançou merecidamente um lugar de destaque na literatura nacional.
Único sobrevivente do expurgo, Ablon, o líder dos renegados, é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na Batalha do Armagedon, o embate final entre o céu e o inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro da humanidade. Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano, das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval, A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, repleto de lutas heroicas, magia, romance e suspense.
Guerra e Paz, de Leo Tolstói
Para publicar a saga romântica de duas nobres famílias russas vivendo no tumulto violento das guerras napoleônicas, Tolstoi pagou 4500 rublos pela primeira impressão do livro, hoje considerado uma das mais proeminentes obras literárias de todos os tempos.
A obra-prima de Tolstói brilha como um livro maior entre milhões de livros, deslumbra como só uma verdadeira obra de arte é capaz de deslumbrar e emociona como só as grandes histórias, contadas pelos grandes narradores, conseguem emocionar.
A Ledora de Rendas, de Brunonia Barry
Foi o marido de Barry que a incentivou a auto-publicar seus textos. Ela começou timidamente levando alguns exemplares para as livrarias locais, o livro chamou a atenção da editora William Morrow que o transformou na aposta do último verão norte-americano. Com tiragem inicial de 200 mil exemplares, A Ledora de Rendas conquistou as listas dos mais vendidos do The New York Times, The Washington Post e Publisher’s Weekly, além de grupos de leituras por todo o país.
A trama se passa em Salem, antigo pólo portuário alçado à capital das bruxas por conta da caçada empreendida no local no século XVII, quando mais de 150 pessoas foram presas acusadas de bruxaria. Até hoje, a casa que serviu de sede ao tribunal de caça às bruxas, bem como o cemitério, são pontos turísticos na cidade. Juntam-se a eles atrações citadas no livro de Brunonia Barry, como o Museu Peabody, a Rua Chestnut e outras tantas mansões históricas que remetem à América colonial, e que no livro compõem o cenário de mistério e romance desejados pela autora.
Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
Segue um trecho de uma das cartas de rejeição recebida por Proust a respeito de seu protagonista Swann: ‘Meu caro amigo, eu não consigo entender como um sujeito precisa usar trinta páginas só para descrever como ele se vira na cama antes de ir dormir. “
Os Sete, de Andre Vianco
Sinopse: Uma caravela portuguesa de cinco séculos é resgatada de um naufrágio no litoral brasileiro. Dentro dela, uma misteriosa caixa de prata esconde um segredo: sete cadáveres aprisionados, acusados de bruxaria. Apesar das advertências grafadas no objeto de prata, a equipe do Departamento de História da Universidade Soares de Porto Alegre decide violar a caixa para estudar os corpos. Afinal, que perigo poderiam oferecer aqueles sete cadáveres? Nenhum. Mas depois que o primeiro deles acorda…
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